Influenza Equina – Conheça mais sobre essa doença

Com a chegada dos dias frios, surge uma preocupação entre os proprietários de equinos: a Influenza Equina. Também conhecida como Gripe Equina, é uma das principais doenças que afetam o sistema respiratório de equídeos, sendo altamente contagiosa nesses animais. Apesar de não ter uma mortalidade alta, a Influenza afeta diretamente a saúde e performance dos cavalos, além de predispor à ocorrência de outras enfermidades mais graves.

Entenda mais sobre essa doença, saiba quais são os principais sinais clínicos e veja como identificá-la e preveni-la.

 

  • Etiologia e Transmissão

A Influenza Equina, também conhecida como Gripe Equina, é uma doença infecciosa comum em cavalos, que pode acontecer em qualquer época do ano, porém os surtos costumam ocorrer principalmente no inverno, afetando o trato respiratório superior de equinos, asininos e muares. Isso está relacionado tanto ao maior contato entre os animais, quando passam a ficar em baias, por exemplo, quanto pelo desvio de energia do organismo para manutenção da temperatura, o que pode prejudicar a função imunológica.

 

É causada pelo Influenza vírus A, da família Orthomyxoviridae, sendo considerado um dos principais agentes infecciosos causadores de surtos respiratórios em equídeos no mundo. A afecção, de notificação obrigatória, possui uma alta morbidade, ou seja, ela causa sinais clínicos relevantes, além de ser altamente contagiosa, sendo facilmente transmitida por aerossóis, secreções, água e alimentos contaminados, além do contato direto entre os animais.

O período de incubação, isto é, o período entre o primeiro contato com o vírus e o início dos sinais clínicos, é de aproximadamente 48 horas.

 

  • Suscetibilidade

Equídeos de todas as idades são suscetíveis à infecção, principalmente aqueles que não foram vacinados ou que não sofreram exposição prévia ao agente. No entanto, há uma maior prevalência em animais jovens, com idade inferior a dois anos, sendo considerada uma das principais afecções respiratórias primárias em potros.

A doença também ocorre com maior frequência em animais que são transportados por longas distâncias, confinados em locais pouco ventilados (havendo maior chance de inalarem partículas que irritem o trato respiratório e facilitem os processos patológicos por diferentes agentes infecciosos) e/ou com alta densidade populacional, como em provas, eventos e torneios.

Em geral, toda a condição que leve à imunossupressão, ou seja, a uma menor capacidade imunológica, pode predispor a doenças respiratórias virais, como a Influenza Equina.

 

  • Sinais Clínicos

Os sinais clínicos podem variar de acordo com o status imunológico do animal e a virulência do agente etiológico, além das condições ambientais. Os principais sinais são:

  • Secreções nasais serosas que podem evoluir para secreções mucopurulentas
  • Tosse paroxística
  • Febre
  • Dispneia (normalmente associada à taquipneia)
  • Apatia
  • Perda de apetite
  • Emagrecimento
  • Aumento dos linfonodos
  • Queda de rendimento

 

! A doença prejudica a imunidade do animal, o que pode favorecer infecções bacterianas secundárias, além de outras infecções virais, agravando o quadro respiratório e predispondo a pneumonias e outras doenças.

 

  • Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio do histórico (incluindo histórico de vacinação), evidências epidemiológicas e sinais clínicos dos animais.

A identificação direta do agente pode ser feita por meio de amostras de swabs nasais, realizando PCR, ELISA, além de isolamento viral, sendo essencial para diferenciar de outras enfermidades, como pneumonia por Streptococcus equi ou Rhodococcus equi, além de Herpesvirus.

 

  • Tratamento

A recuperação dos animais doentes normalmente acontece em duas semanas, porém alguns dos sinais clínicos, em diferentes graus, podem durar até 6 meses.

O tratamento da gripe equina se baseia no isolamento dos animais doentes e terapia de suporte, sendo importante o repouso, hidratação, evitar situações de estresse e buscar formas de melhorar a imunidade, por exemplo, fornecendo suplementos com vitaminas, antioxidantes e imunoestimulantes, como os suplementos Hemolitan® Booster JCR, Vita-Vet C® e Equi Up M.O®. Além disso, nos casos em que os animais apresentam febre, recomenda-se utilizar antipiréticos, como a Dipirona.

Caso haja secreção mucopurulenta nasal, especialmente em decorrência de infecções secundárias, a utilização de antibióticos e mucolíticos também é indicada.

Uma boa opção neste caso é o Mucomucil® Xarope, mucolítico a base de L-carbocisteína, ativo que não apenas facilita a expectoração, mas também confere um efeito mucorregulador, diminuindo a produção de muco, o que dificulta a adesão e proliferação de patógenos.

 

  • Profilaxia

Como medida profilática, a vacinação anual ou semestral de todos os animais é o método mais indicado. É importante também garantir um bom fornecimento de anticorpos via colostro para os potros, sendo indicado vacinar as éguas prenhes no terço final da gestação. Em potros, a vacinação deve ser iniciada aos quatro meses de idade.

Outras medidas profiláticas incluem:

  • Quarentena de animais recém-chegados nas propriedades;
  • Desinfecção de baias e fômites onde estiveram animais doentes;
  • Evitar superlotação de animais.

 

Importante lembrar que o atestado de vacinação contra a Influenza é um dos documentos obrigatórios para o transporte de equinos, junto à GTA (guia de trânsito animal).

 

Gostou dessas informações sobre a Influenza Equina? Então veja algumas dicas de Cuidados com os Cavalos no Frio.

Comentários

Daniele
Sensacional!!!
28/08/2024 ás 14:00
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