Outubro Rosa Pet: Vetnil® reforça a importância da prevenção do câncer de mama nos pets

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Criada com o intuito de conscientizar sobre a alta incidência do câncer de mama, seus sinais clínicos e meios de prevenção, principalmente entre as mulheres, a campanha Outubro Rosa também é válida para os pets, já que este é um dos tipos de tumores mais comuns em fêmeas de cães e gatos. Por isso, a Vetnil®, empresa brasileira do setor veterinário e parceira de quem cuida, aproveitou a ocasião e consultou a Médica-Veterinária Profª Liege Garcia Silva, Doutora em Reprodução Animal, para esclarecer algumas dúvidas sobre a doença e todos os cuidados que os tutores podem ter para tentar melhorar a saúde dos pets nesse sentido.

“O câncer de mama representa até 70% de todos os tumores identificados em cadelas não castradas e é o terceiro tipo mais comum em gatas, sendo a malignidade um dos indicadores de prognóstico. São diversas as causas correlacionadas com o surgimento desses nódulos nas fêmeas caninas e felinas. Nesse sentido, existem algumas medidas que podem ser adotadas como forma de prevenção e diagnóstico precoce”, destaca a Médica-Veterinária.

Causas do câncer de mama nos pets

De acordo com a Profª Dra. Liege, entre as principais causas para o surgimento desses tumores em fêmeas de pets, estão a predisposição genética – tal como acontece nos seres humanos - a influência de hormônios, a obesidade e a idade. Ela aponta que a maior parte dos tumores malignos surge em cadelas em torno dos sete aos 10 anos de idade; e entre os 10 e 12 anos, em gatas.

“Fêmeas são mais acometidas por neoplasias mamárias que machos, pois os hormônios sexuais femininos, como estrógeno e progesterona, influenciam no desenvolvimento dos tumores. Cadelas não castradas possuem quatro vezes mais risco de desenvolver tumores, quando comparadas com aquelas castradas antes dos dois anos de idade. Nas fêmeas felinas, as não castradas têm sete vezes mais risco e a castração antes de um ano de idade possui efeito de proteção. Sobre o fator obesidade, ele contribui para o desenvolvimento precoce de tumores mamários e está associado à menor expectativa de vida. O acúmulo excessivo de adipócitos está ligado a um estado inflamatório crônico, que influencia na produção de inúmeras substâncias, incluindo citocinas e hormônios, que podem favorecer o desenvolvimento de tumores”, explica.

Como prevenir o câncer de mama nos pets

Entre as medidas de prevenção do câncer de mama nos pets, a Médica-Veterinária destaca, além da castração, a importância do controle nutricional, a prática regular de exercícios e o acompanhamento clínico periódico, sobretudo, como estratégia para o diagnóstico precoce.

“O controle nutricional e a prática regular de exercícios, como os passeios diários ou a instalação de gatificações (mais específico para as fêmeas felinas), são essenciais para evitar a obesidade, um dos fatores de risco. Outro ponto relevante são as visitas regulares ao Médico-Veterinário, que fará exames físicos para identificar nódulos mamários o mais precocemente possível. Ainda, como forma de prevenção, é contraindicado o uso de contraceptivos hormonais sem a orientação especializada”, alerta Liege.

Sinais do câncer de mama nos pets

Além da presença dos nódulos, firmes e de tamanhos variados, que podem ocorrer em uma ou em múltiplas mamas, o câncer de mama nos pets pode apresentar indícios na pele da área afetada, com úlceras e presença de mastite (inflamação nas mamas).

“A maioria das fêmeas apresentam-se estáveis no momento do diagnóstico, porém, em quadros clínicos mais graves, principalmente quando há metástase, elas podem apresentar letargia, prostração, emagrecimento progressivo, dispneia, tosse, edemas, entre outras alterações. Comumente, as metástases ocorrem em pulmões, podendo também acometer os ossos e outros órgãos abdominais”, ressalta a Médica-Veterinária.

Como tratar o câncer de mama nos pets

Ainda de acordo com Liege, quanto aos tratamentos para o câncer de mama nos pets, o mais comum é o cirúrgico, com uma extensão que vai depender do grau de comprometimento da região. Ela explica que pode ser feita tanto a remoção do tumor, quanto das cadeias mamárias e linfonodos regionais. Quimioterapia, radioterapia, entre outros tratamentos com medicações podem ser também associados à terapia cirúrgica em animais com metástases, tumores recorrentes e nódulos grandes, com características de malignidade.

“A expectativa de vida após o diagnóstico de tumores mamários malignos depende de vários fatores e pode ser reduzida, especialmente quando não tratados. Por isso é tão importante seguir as medidas de prevenção voltadas ao cuidado à saúde e bem-estar animal. Ao constatar qualquer um dos sinais, é recomendada a busca por ajuda profissional, em caráter de urgência”, conclui a Médica-Veterinária.  

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